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O CICLO da recusa alimentar!
As dificuldades alimentares são muitas vezes enfrentadas por cuidadores sobrecarregados, cheios de medos e crenças limitantes que, sem o apoio necessário, acabam optando por práticas de alimentação extremamente contraproducentes. A maioria dessas práticas é definida por metas para fazer com que a criança coma mais, menos ou coma diferentes tipos de alimentos. Geralmente, o resultado é completamente o oposto e, quanto maior a pressão, maior será a resistência ou o retrocesso da criança. Infelizmente, a maioria das famílias de crianças com dificuldades alimentares está no centro da espiral e tem estado lá por meses ou anos. É um lugar difícil de se voltar. Difícil, mas não impossível. É imprescindível antecipar…
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A criança precisa MESMO comer tudo?
Confiar na quantidade que uma criança está disposta a comer é, sem dúvida, uma das maiores quebras de paradigma dos últimos tempos. Com a Revolução Industrial, as preocupações com o leite artificial foram provavelmente generalizadas para as crianças amamentadas e, à medida que aumentavam as porções, aumentavam também as crianças que não conseguiam “comer tudo”. Recentemente, com a popularização das 5 cores no prato, também aumentou o número de crianças que não comem “de tudo”. Naturalmente, em muitos casos, o problema da “criança que não come” acaba surgindo do desequilíbrio entre o que o adulto espera que a criança coma e o que ela está disposta a comer. Fato é,…
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Comer se APRENDE!
O primeiro passo para ajudar uma criança que não quer comer é saber COMO ELA APRENDE a comer. Ao contrário do que parece, comer não é instintivo. Aprendemos a comer ao longo da vida, por meio das nossas experiências e do convívio social com outras pessoas que também comem. Quanto mais resumimos a alimentação infantil à nutrição, mais nos distanciamos da alimentação enquanto processo de aprendizagem. É bem comum que haja um desajuste nas expectativas do que a criança pode fazer e o que se espera que ela faça. Isso decorre da falta de conhecimento acerca dos processos que permeiam e atravessam o desenvolvimento infantil ao mesmo tempo em que…
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É só uma fase?
Alguma vez na sua vida você já deve ter ouvido que uma criança não morre de fome. Que se ela tiver fome, instintivamente irá comer. Pois bem, não é bem assim que funciona. Um cuidador, quando leva sua criança a um profissional e ouve esse tipo de conselho, acaba seguindo essa orientação. E apenas deixar a criança com fome, pode inclusive agravar uma dificuldade alimentar. Mas veja bem, a culpa não é do cuidador. Afinal, os profissionais estão em uma posição de poder e, teoricamente, pais e cuidadores costumam procurá-los quando já estão preocupados e não sabem mais o que fazer. Então, se não podem confiar neles, que esperança resta?…
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Cursos presenciais com Aline Padovani
2º Semestre/2019 Agenda de cursos presenciais do 2º Semestre/2019, com a Fonoaudióloga Aline Padovani É bem entendido que a Nutrição é essencial para desenvolvimento infantil. Mas, ao contrário do que muitos pensam, comer não é fácil, muito menos instintivo. Comer é aprendido! O desenvolvimento das habilidades que serão necessárias para nos tornarmos competentes alimentares perpassa e permeia todas as fases do desenvolvimento infantil. Toda criança tem uma necessidade intrínseca de aprender sobre o mundo que a rodeia. Inserida em um contexto social e cultural, a criança cria estratégias cognitivas básicas para aprender, gradativamente, a se alimentar e conhecer sobre si próprio, seus gostos, quereres, vontades, permissões e dissabores. Milhares de novas conexões, descobertas e…
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Crianças pequenas costumam ficar desconfiadas com novos alimentos: ainda que já tenham sido apresentados de alguma forma a eles!
Encontrar pontes cognitivas ajuda a criança a integrar cérebro e reduzir o medo e a ansiedade de provar algo novo. “A cenoura é prima da batatinha que você ama”, ou “Esse macarrão parece o espaguete da vovó! Podíamos chamá-lo de espaguete-parafuso!”, ou ainda “essa carninha é parecida com aquela gostosa que você me disse que comeu na escola, lembra?”. São associações simples que favorecem que a criança use os dois lados do cérebro, direito e esquerdo, para tomar decisões. Lembrando que forçar a experimentar é tão prejudicial quanto forçar a comer. Não é porque alguém te diz que besouro faz bem e é proteína que você vai imediatamente ficar tentado…
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Meu filho fala "Eca"!
A princípio, todos nós podemos rejeitar qualquer tipo de alimento que não seja identificável como seguro (você comeria um besourinho frito sem antes pensar bem direitinho sobre o assunto?). A criança, de fato, teve muito menos experiências com diferentes alimentos do que a grande maioria de nós, adultos – e por isso pode ficar desconfiada quando lhe é apresentado algo que não consegue reconhecer/identificar como seguro. O como essa “suspeita” é encarada pelos pais pode das duas, uma: ou ajudar a criança a superar o desafio, ou tornar aquele momento tão angustiante a ponto dela generalizar o medo e a angústia para outros alimentos também. . Daí a importância de…
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"Toda criança passa por uma fase seletiva": Será?
Infelizmente, os conceitos de dificuldade alimentar são muito generalizáveis e, por vezes, pais e cuidadores acabam vendo um problema onde na verdade não existe. Na literatura, cerca de 25% das crianças são identificadas pelos pais como tendo algum problema alimentar. De acordo com Kerzner e colaboradores (2015), desses 25%, apenas 1% a 5% preenchem os critérios para uma dificuldade alimentar. O desafio do profissional da saúde é em relação aos outros 20%. É extremamente necessário diferenciar as crianças que tem apenas pais e cuidadores preocupados demais (interpretação errônea de uma dificuldade alimentar), daquelas crianças que de fato tem uma dificuldade leve, mas que pode ser facilmente reconhecida e tratada. Mas…
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Cursos presenciais 1° Semestre 2019
Agenda de cursos presenciais do 1° Semestre de 2019, com a Fonoaudióloga Aline Padovani São Luís/ MA – MULTIPROFISSIONAL 26 e 27/04 – Introdução Alimentar com foco no desenvolvimento infantil Inscrições e Informações: pelo Whatsapp: Grayson (71) 99106 2020, ou através do e-mail [email protected] Londrina/ PR – MULTIPROFISSIONAL 04/05 – Introdução Alimentar com foco no desenvolvimento infantil Inscrições e Informações: +55 43 3342 7798, através do e-mail [email protected], ou diretamente no site https://www.cursoscit.com/blw São Paulo/SP – MULTIPROFISSIONAL 02/02 – Aprender a comer faz parte do desenvolvimento Inscrições e Informações: CLIQUE AQUI Maceió/ AL – MULTIPROFISSIONAL 16/05 – Dificuldades Alimentares na Infância 17/05 – Introdução Alimentar: Respeitar a escolha do bebê faz…
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Quantas vezes devo oferecer o mesmo alimento para a criança?
O que os estudos dizem Qualquer pessoa que trabalhe na área de alimentação está familiarizada com as pesquisas que citam o número de exposições necessárias para que uma criança aceite um novo alimento. Na verdade, os estudos variam: alguns dizem de 8 a 15 vezes, outros, 10, por exemplo. Já outras evidências sugerem que o número de exposições necessárias muda com a idade da criança. Porém, é preciso ter muito cuidado ao aplicar evidências de pesquisas em experimentos na população em geral, principalmente com crianças com dificuldades alimentares. Nós simplesmente não sabemos se questões como temperamento, ansiedade ou algum desafio sensorial impactam na quantidade de exposições necessárias à alimentos previamente…